Eu me formei em uma faculdade fantástica. Tive professores incríveis e alguns dos meus colegas tiveram um desempenho formidável em suas carreiras. As coisas para mim, no entanto, não saíram como eu esperava.
Após quase 15 anos de formada percebi que não era capaz de vender minhas habilidades, conhecimentos e experiências. Afinal, nem todas se resumem no Histórico Escolar. Algumas nascem conosco, outras são adquiridas após alguns erros, e outras ainda por meio da convivência com pessoas de outras áreas de conhecimento. Quantas habilidades vamos adquirindo ao longo dos anos?
Falando aos meus muitos amigos arquitetos e engenheiros que partiram para o empreendedorismo: para vender seu trabalho, conheça-se bem! Assuma o que realmente você faz bem e o que não faz bem. Eu, por exemplo, não gosto de obras… pronto, falei!
Minhas habilidades estão no campo das ideias, das soluções que partem de uma mentalidade de projetista. Foi assim que migrei de área… saí da arquitetura e passei a me dedicar às estratégias de comunicação e marca. Ajudo meus amigos arquitetos e engenheiros a venderem seu potencial a quem se interessa por comprá-lo.
O que mais vejo são arquitetos com um super portfolio explicando seu projeto como se estivessem diante de uma banca examinadora composta por outros arquitetos. Veja, o discurso de venda há de ser adaptado ao comprador. Talvez o seu público não saiba o que é uma laje em balanço. Que tal então ajudar sua audiência a desejar estar dentro do seu projeto? Esse resultado vai além de colocar uma escala humana na perspectiva.
Enfim, como profissionais precisamos de uma comunicação melhor. Descer do “olimpo” e caminhar na direção das pessoas que habitam o espaço construído. Nós somos essas pessoas, afinal! Será que nos contrataríamos?
Bom, foi partindo dessa pergunta que passei a exercer a atividade que aprendi exatamente pela necessidade e por não ter quem me ajudasse. Espero ter te ajudado também!